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Prostatectomia: as consequências da cirurgia de remoção da Próstata
A cirurgia de remoção da próstata é o tratamento indicado em caso de cancro, assim como em situações de hiperplasia benigna da próstata que possa estar a causar retenção urinária grave e recorrente. Mas, como qualquer cirurgia, causa inevitavelmente lesões ao nível dos tecidos, por isso tem consequências.
Não podemos negar que esta é uma cirurgia que salva vidas, uma vez que o cancro na próstata afeta 2 em cada 11 homens em Portugal e é a segunda maior causa de morte por cancro nos homens.
A próstata é uma glândula que está localizada numa região de acesso complexo, logo abaixo da bexiga e sobre o músculo esfíncter, envolvendo a uretra e anexa a importantes nervos responsáveis pela ereção e continência urinária.
A Medicina evoluiu e com esta evolução trouxe novos métodos e técnicas cirúrgicas menos agressivas e invasivas, como é o caso da laparoscopia, que permitiu reduzir a gravidade das sequelas da prostatectomia radical. Ainda assim, não deixa de ser uma cirurgia e pode ter consequências.
1º Incontinência Urinária: esta é uma consequência muito frequente (atinge 60 a 80% dos homens) e deve-se sobretudo à lesão causada ao nível do músculo. Durante a prostatectomia radical é importante eliminar todas as partes da próstata, incluindo a cápsula que está aderida ao músculo esfíncter, causando lesão das suas fibras, o que faz com que perca a força de contração, reduzindo a capacidade de controlar as perdas de urina.
A Fisioterapia Pélvica tem as ferramentas mais eficazes para tratar esta disfunção! Veja quais no artigo da INCONTINÊNCIA URINÁRIA MASCULINA.
2º Disfunção Erétil: a próstata está rodeada de nervos e vasos responsáveis pelo mecanismo de ereção e ao ser removida, pode também existir arrancamento dessas estruturas, comprometendo a ereção.
E sim, a Fisioterapia Pélvica também tem ferramentas para o ajudar a regenerar estas estruturas.
3º Orgasmo “seco”: esta é uma consequência que atinge todos os homens submetidos a prostatectomia radical, apesar de ter menor impacto na sua saúde psicológica. Ao remover todas as estruturas prostáticas, as vesículas seminais (responsáveis por produzir 80% do volume do sémen) também são removidas, impedindo que ejacule, o que pode reduzir a intensidade do orgasmo.
4º Infertilidade: sim, é verdade. Ao não ejacular, o homem não consegue procriar autonomamente. No entanto, ainda o consegue com a ajuda da Procriação Medicamente Assistida (desde que não tenha realizado outros tratamentos oncológicos além da cirurgia).
5º Dor Abdominal e Pélvica: apesar de a prostatectomia laparoscópica ser uma abordagem cirúrgica com pequenas incisões na região abdominal e pélvica, não deixa de ser uma cirurgia que cria tecidos cicatriciais por onde passaram os pequenos instrumentos e a câmara. Esses tecidos podem “enrijecer”, criando fibroses e aderir a estruturas adjacentes causando dores em diferentes locais que podem, por vezes, estar bem afastados da região da próstata.
A nossa equipa está preparada para intervir e tratar a dor desde a sua origem!
6º Transtornos Psicológicos: todas as consequências anteriores afetam a vida íntima do homem e numa cultura onde os homens não são incentivados a verbalizar as suas emoções e onde partilhar este tipo de disfunções é associado a “perda de virilidade”, torna-se ainda mais difícil a procura de ajuda. É, por isso, muito frequente que o homem se torne muito ansioso quanto à recuperação da sua capacidade para retomar a sua vida sexual, o que inevitavelmente vai afetar a sua performance. Se se sente afetado, é importante que procure apoio psicológico.
Espero que este artigo tenha sido esclarecedor!
Quero que saiba que existem soluções para todas as consequências desta cirurgia! E na FISICLINIC irá encontrar as especialidades que o irão ajudar a tratar estas disfunções.
Para mais informações, envie-nos uma mensagem.
Elisa Quintela (OF 9813)
Fisioterapeuta Mestre em Fisioterapia Dermatofuncional com formação especifica em Pós-operatório de Cirurgia Plástica