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INCONTINÊNCIA URINÁRIA MASCULINA: O que a causa e como tratar?
A Incontinência Urinária (IU) masculina é caracterizada pela perda involuntária de urina sob a forma de gotejamento contínuo e é um dos problemas mais comuns que afetam o aparelho urinário dos homens.
Esta condição tem um grande impacto na qualidade de vida, nas relações sociais e na auto-estima dos homens, contribuindo para o seu isolamento social e estados depressivos. Mas saiba que tem tratamento!
FACTORES DE RISCO E CAUSAS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA NO HOMEM
Apesar de a IU ser menos frequente em homens do que em mulheres, existem algumas condições que aumentam o risco de os homens desenvolverem incontinência urinária, como por exemplo:
- O envelhecimento é um fator de risco para o aparecimento de IU, porque os tecidos que sustentam os órgãos pélvicos perdem tensão e os músculos do pavimento pélvico perdem tonicidade e força, permitindo a perda de urina;
- A obesidade também está associada a incontinência urinária, pois a gordura aumenta a pressão sobre a bexiga e os músculos do pavimento pélvico. Caso esses músculos não tenham força suficiente, permitem que a urina passe. Verifica-se que, por vezes, o emagrecimento reduz a sua gravidade;
- Problemas respiratórios, sobretudo que causem episódios de tosse, aumentam a pressão intra-abdominal e consequentemente sobre a bexiga e os músculos do pavimento pélvico;
- Diabetes Mellitus, aumenta 2,5 vezes mais o risco de desenvolvimento de IU por Bexiga Hiperactiva, devido à neuropatia diabética;
- A Hiperplasia Benigna da Próstata impede a passagem da urina durante a micção, tendo de fazer esforço para urinar, impedindo que a bexiga se esvazie completamente;
- A Prostatectomia causa 53% dos casos de IU masculina, segundo um estudo de levantamento de casos realizado no serviço de MFR do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca. E em cerca de 16% dos casos a incontinência continua presente um ano após a cirurgia. Isto deve-se ao facto de a próstata estar aderida ao esfíncter (músculo que controla a micção) e ao ser removida cirurgicamente causa lesões musculares, afetando a continência (Incontinência Urinária de Esforço).
COMO TRATAR A INCONTINÊNCIA URINÁRIA MASCULINA?
Graças aos desenvolvimentos tecnológicos mais atuais, os homens podem ter acesso a tratamentos conservadores em consulta de Fisioterapia Pélvica, que permitem tratar ou reduzir significativamente os episódios de incontinência urinária, com ótimos resultados, que se mantêm a médio e longo prazo.
São 2 os tipos mais comuns de IU masculina e a estratégia terapêutica vai depender sobretudo do tipo de incontinência urinária:
- Bexiga Hiperativa: a sua bexiga está “desregulada”, tornando-se mais ativa e, por isso, as perdas de urina acontecem mesmo quando a bexiga está a armazenar um pequeno volume de urina e, por isso, a sensação de necessidade de urinar é muito mais frequente:
– Durante o dia, mais de 7x por dia;
– Durante a noite, mais de 1x por noite.
Assim, a sua Fisioterapeuta Pélvica irá ensinar-lhe hábitos de vida que não “irritem” tanto a sua bexiga e poderá aplicar neuromodulação periférica não-invasiva, que reduzirá a atividade da sua bexiga, reduzindo tanto o gotejamento contínuo, como a urgência em ir à casa-de-banho!
- No caso de Incontinência Urinária de Esforço no homem, o foco da nossa intervenção passa por reforçar e reeducar o músculo esfíncter e os restantes músculos do pavimento pélvico, para que possam controlar a urina. Caso esta IU seja consequência de uma cirurgia ou radioterapia, é também importante tratar os tecidos cicatriciais.
A sua Fisioterapeuta Pélvica irá elaborar um plano de tratamento que pode incluir a realização de exercícios terapêuticos com a ajuda de biofeedback, que lhe permitirá entender quando os músculos estão a contrair corretamente. Poderá também utilizar electroestimulação para fortalecer os músculos e Tercarterapia para aumentar a vascularização dos tecidos.
Em casos mais severos, o seu Urologista pode também optar por associar terapêutica médica com medicamentos (como os Anti-Muscarínicos e Beta-3 Agonistas) para inibir a atividade da bexiga.
Espero que este artigo o tenha ajudado a compreender melhor a incontinência urinária no homem, assim como as soluções terapêuticas para a tratar.
Se ainda tem dúvidas, contacte-nos telefonicamente ou envie-nos uma mensagem. Teremos todo o gosto em esclarecê-lo!
Elisa Quintela (OF 9813)
Fisioterapeuta Mestre em Fisioterapia Dermatofuncional com formação especifica em Pós-operatório de Cirurgia Plástica