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Prolapso de Órgãos Pélvicos: quando está indicada a cirurgia?
Quando está indicada a cirurgia de Prolapso de Órgãos Pélvicos?
Se foi diagnosticada com um Prolapso de Órgãos Pélvicos (POP) e está preocupada, pois não entende se a cirurgia será ou não a melhor opção de tratamento para o seu caso, leia este artigo!
Aqui vou-lhe explicar detalhadamente quais os factores a ter em conta na tomada de decisão para a realização de uma cirurgia de correção de POP.
Quais são as indicações científicas nacionais e internacionais para o tratamento de POP?
De acordo com as indicações científicas internacionais (ICS – International Continence Society), a escolha do tratamento mais eficaz para um Prolapso de Órgão Pélvico (POP) depende da gravidade do prolapso, da intensidade dos sintomas, do incómodo que causa, o quanto prejudica a qualidade de vida da mulher e do seu estado de saúde geral.
A Fisioterapia Pélvica é a primeira opção de tratamento para mulheres com prolapsos de gravidade até grau II (inclusivamente), uma vez que é um tratamento conservador, não cirúrgico, nem farmacológico, que impede o agravamento do prolapso e alivia ou elimina a sintomatologia, permitindo adiar a necessidade de cirurgia, não comprometendo a realização da mesma caso seja necessária futuramente.
Em casos de prolapso com expressão infra‑himenial (> Grau 2) a cirurgia pode ser um tratamento a considerar.
Segundo a Secção Portuguesa de Uroginecologia, o tratamento cirúrgico do POP está indicado em mulheres com prolapso sintomático, após falha ou recusa da abordagem conservadora.
Que factores deve ter em conta na tomada de decisão para a realização de uma cirurgia de correção de POP?
A avaliação pré-operatória adequada e o diálogo com o seu médico ginecologista é essencial para saber se é uma candidata ideal para o tratamento cirúrgico e qual a abordagem cirúrgica mais adequada.
Factores que serão tidos em conta:
- O tratamento conservador não foi eficaz: realizou Fisioterapia Pélvica (não existindo consenso quanto ao número de sessões necessárias) e utilizou pessários, no entanto os sintomas não reduziram e foram insuficientes para controlar o prolapso;
- O prolapso compromete a função sexual e a micção: tem dificuldade em evacuar e urinar, ficando frequentemente com a sensação de esvaziamento incompleto. As relações sexuais ficam comprometidas, podendo inclusivamente ter lesões e sangramento. Isto pode indicar que a cirurgia é necessária;
- A paciente tem um desejo específico: caso ainda pretenda engravidar ou não ter cicatrizes em algum local específico, é algo que deve transmitir ao seu Ginecologista.
Existe probabilidade de a cirurgia não ser eficaz?
De forma geral a cirurgia é sempre bem-sucedida. No entanto, deve-se sempre considerar que o risco de recidiva (prolapso voltar a aparecer) existe, assim como da Incontinência Urinária de Esforço (IUE). Estima-se que até 30% das mulheres operadas podem recidivar. E que a probabilidade de a doente desenvolver uma IUE após a correcção de POP é de até 28%.
Como reduzir estes riscos?
A literatura científica é clara, a Fisioterapia Pélvica está indicada para fortalecer os músculos que suportam os órgãos pélvicos, reduzindo o risco de recidiva e de incontinência.
Manter um peso adequado também reduz a pressão sobre os órgãos pélvicos, uma vez que o excesso de peso aumenta o risco de POP em cerca de 40 a 50% das mulheres, quando comparadas com mulheres com índice de massa corporal normal.
Evitar esforços excessivos repetidos, uma vez que desportos ou trabalhos que incluam levantar pesos bastante pesados de forma repetida, aumenta a pressão intra-abdominal e sobre o pavimento pélvico.
A decisão de avançar para uma cirurgia de Prolapso dos Órgãos Pélvicos deve ser tomada com consciência, conhecimento e acompanhamento especializado.
Embora existam critérios clínicos bem definidos para a indicação cirurgica, é fundamental considerar cada caso de forma individual — avaliando sintomas, impacto na qualidade de vida, desejo da mulher e outros fatores relevantes.
Neste processo, a Fisioterapia Pélvica pré-operatória assume um papel crucial: não só prepara os músculos para a intervenção, como pode reduzir sintomas e até, em alguns casos, adiar ou evitar a cirurgia. No entanto, para quem avança para a cirurgia, a Fisioterapia Pélvica contribui para uma recuperação mais rápida, eficaz e segura.
⚠️ Como qualquer cirurgia, esta também envolve riscos — por isso, quanto mais informada estiver, mais segura estará para decidir o que é melhor para si.
Na Fisiclinic, encontrará uma equipa especializada, pronta para acompanhar, esclarecer e apoiar em todas as etapas deste percurso.
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Elisa Quintela (OF 9813)
Fisioterapeuta Mestre em Fisioterapia Dermatofuncional com formação especifica em Pós-operatório de Cirurgia Plástica