Dor na relação sexual é uma disfunção!

A dor sexual é um problema mais comum do que se pensa. Mesmo que seja só a iniciar a penetração ou que seja só em determinadas posições durante a relação sexual, esta dor nunca deve ser normalizada. Deve sim ser vista como uma disfunção que pode ser tratada.

O que é uma Disfunção Sexual?

Como classificação para a Disfunção Sexual temos a incapacidade de participar no ato sexual com satisfação adequada, seja por não conseguir um orgasmo, por não permitir uma penetração, ou por não ter excitação para esse ato.

A sua etiologia pode estar associada a fatores biológicos ou condições orgânicas, como também a fatores psicológicos e/ou condição social.

Esta insatisfação com a função sexual também apresenta consequências interpessoais, podendo estar relacionada com a perceção negativa da imagem corporal e confiança, e uma sensação de menor conexão com o parceiro.

Não podemos pensar que a disfunção sexual apenas tem impacto nesta área da vida, pois sabemos que a satisfação sexual faz parte de uma boa qualidade de vida e impacta vários domínios da nossa existência, seja no trabalho, no estudo, no contexto com outras pessoas além do parceiro, entre outros.

 

Como a Disfunção Sexual é classificada?

A disfunção sexual pode ser classificada em 4 categorias:

  • Disfunção do desejo sexual;
  • Disfunção da excitação sexual;
  • Disfunção do orgasmo;
  • Disfunção sexual dolorosa.

Dentro desta última categoria entram os quadros de dispareunia (dor na relação sexual), vaginismo (dor na relação sexual com espasmo muscular associado – a musculatura do pavimento pélvico contrai de forma involuntária), vulvodínia e vestibulodínia (hipersensibilidade nos órgãos genitais externos, que provoca dor apenas com o toque e/ou compressão) e a disfunção sexual não coital (a dor está presente mesmo sem haver penetração).

Esta dor pode ter várias CAUSAS, como:

  • Tensão muscular no pavimento pélvico;
  • Cicatrizes e aderências, muito comuns após o parto ou então após cirurgias ginecológicas e episiotomias. Estas cicatrizes podem alterar a elasticidade e mobilidade dos músculos, dos órgãos e da pele envolvente;
  • Alterações hormonais que podem levar a diminuição da lubrificação, que comummente acontecem no pós-parto e na menopausa;
  • Fatores emocionais e psicológicos como a ansiedade, o medo ou histórico de trauma.

 

Dentro de uma equipa multidisciplinar, a Fisioterapia Pélvica oferece diversas estratégias que podem ajudar a reduzir a dor e melhorar a função do pavimento pélvico. Dentro de uma avaliação personalizada, como estratégias de tratamento podemos ter, entre outras:

  • Exercícios de alongamento e fortalecimento da musculatura pélvica;
  • Técnicas de relaxamento e respiração para reduzir a tensão muscular;
  • Tecarterapia para aumento da microcirculação, vasodilatação e relaxamento dos tecidos, melhorando a sua elasticidade.
  • Massagem perineal para melhorar a elasticidade dos tecidos;
  • Biofeedback e eletroestimulação para reeducação neuromuscular.

O uso de lubrificante adequando também pode ser uma estratégia útil em alguns dos casos.

Quando estamos perante uma Disfunção Sexual, torna-se de igual modo importante uma comunicação aberta com @ parceir@. É importante que a relação sexual seja prazerosa para amb@s, e para isso é necessário que se saiba os desconfortos presentes, as posições sexuais e técnicas que possam proporcionar mais relaxamento, e o à-vontade para uma participação ativa na recuperação.

Se sofre com alguma Disfunção Sexual, eu posso ajudá-l@!
Nas consultas de Fisioterapia Pélvica iremos recuperar o seu prazer e bem-estar, ajudando o seu corpo a perceber que o sexo é para ser prazeroso, não doloroso! Todos merecemos viver uma sexualidade plena e sem desconforto.

Vera Teixeira (OF 7313)
Fisioterapeuta Pélvica e Dermatofuncional


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