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Amnésia glútea: O que é? Causas e tratamentos
Já ouviu falar em “amnésia glútea”? Apesar de soar como um termo médico, trata-se de uma expressão popular que ganhou notoriedade sobretudo na área do fitness. Muito disseminada na internet e também conhecida como “síndrome do glúteo preguiçoso”, “síndrome do glúteo inativo” ou “síndrome do bumbum morto”…
Mas o que isso significa na prática? Vou explicar-lhe tudo neste artigo!
A amnésia glútea é usada para descrever uma disfunção cada vez mais comum, especialmente em pessoas sedentárias ou que passem longos períodos sentados: a incapacidade de ativar adequadamente os músculos glúteos durante a actividade física — especialmente o glúteo máximo.
A amnésia glútea é disfunção real e percebida até por “leigos”! Tanto pode ser um glúteo muito “murchinho” e plano, como um glúteo com volume de gordura, mas muito descaído. O que têm em comum? Têm dificuldade em ativar e contrair o músculo glúteo máximo! Por outras palavras, o cérebro “esquece-se” de como contrair o músculo.
Quais as principais causas?
- Sedentarismo: a falta de actividade física específica para os glúteos leva a uma “subativação” e faz com que o músculo comece a perder volume e força muscular.
- Sentado(a) por longos períodos: estar sentado por muitas horas encurta os músculos flexores da anca, o que inibe a contração glútea, levando à sua “desconexão” funcional.
- Lesões anteriores ou dor crónica: Dores lombares, na anca ou no joelho podem alterar a postura e a biomecânica e causar inibição muscular reflexa do glúteo.
- Possíveis influências genéticas: apesar de a amnésia glútea estar atribuída a fatores funcionais e comportamentais, é possível que predisposições genéticas também influenciem sua manifestação. Por exemplo, a proporção entre fibras de contração rápida e lenta (tipo II e tipo I) é parcialmente determinada geneticamente. Por isso, pessoas com menor densidade de fibras tipo II nos glúteos (mais potentes) podem ter maior dificuldade em gerar força explosiva, limitando a hipertrofia muscular (aumento de volume). Existem também padrões posturais associados a hipermobilidade articular, como maior lordose lombar ou anteriorização pélvica, que favorecem a inibição glútea.
No entanto, até o momento, não há evidência direta de uma causa genética isolada para essa condição.
Quais os principais sintomas?
Estes são alguns dos sinais mais comuns:
- Dificuldade em “sentir” os glúteos durante exercícios como agachamentos ou avanços para a frente (“lunges”);
- Dores ou sensação de rigidez nas costas ou nos isquiotibiais após o treino;
- Movimentos compensatórios ao subir escadas, levantar pesos ou correr;
- Falta de volume nos glúteos e dificuldade em hipertrofiar.
Mas será que a amnésia glútea tem apenas uma “consequência” estética?
De todo! A inibição glútea está associada a dor lombar crónica, instabilidade pélvica e maior limitação na performance desportiva.
Qual o melhor tratamento?
Deixo-lhe este passo a passo:
- Alongamento dos flexores da anca para reduzir a inibição reflexa dos glúteos;
- Seguido de exercícios de ativação focados nos glúteos (p. ex. agachamentos, deadlifts, elevações pélvicas);
Eu sei…já faz isto tudo e mesmo assim tem pouca percepção da contração do glúteo durante os exercícios e ele não cresce!
- A ativação muscular é a chave para reconectar cérebro e músculo! Se o cérebro não consegue recrutar o músculo, nós ativamos o músculo e reensinamos o cérebro com campo eletrogmagnético de alta intensidade. Saiba tudo sobre este tratamento aqui.
Mas ATENÇÃO, nem todo o glúteo “murcho” e descaído é apenas devido a falta de músculo! Deve sempre fazer uma avaliação, porque muitas vezes temos associada uma perda de gordura ou alteração da sua distribuição (como é o caso das “hip dips”), assim como de flacidez. Nestes casos o exercício e reforço muscular apresentam resultados limitados. Os tratamentos combinados são muito eficazes, porque trabalham as diferentes estruturas! Podem associar ENDEFINE NEO para tratar o músculo e bioestimuladores corporais para dar firmeza à pele e harmonizar um pouco o volume.
Espero que este artigo tenha sido esclarecedor!
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Elisa Quintela (OF 9813)
Fisioterapeuta Mestre em Fisioterapia Dermatofuncional com formação especifica em Pós-operatório de Cirurgia Plástica